6 de jun. de 2010

São José: Vitória veio do banco de reservas

Equipe massacrou o Francisco Beltrão desde o inicio, mas gol veio com a entrada de Massai e Hamilton
O São José mostrou de vez o que veio fazer na Série de 2010! Após três partidas sem vitórias, o time embalou e alcançou no sábado o segundo triunfo seguido na competição, que deixou o time entre os líderes da disputa e muito próximo da vaga. A “vítima” foi o Francisco Beltrão que suportou a pressão do São José, até os 35” do 2º tempo, quando Massai e Hamilton, que saíram do banco de reservas, participaram da jogada do gol.

Insistência e substituições certas garantiram a vitória
O São José pisou no encharcado gramado do estádio do Pinhão, somente pensando em manter o embalo na Série B do Paranaense, por isso, diante do Francisco Beltrão, pressionou desde o inicio, conseguindo o primeiro bom momento logo a 1”, quando William Lima arriscou de longe e quase fez.
Nos vinte minutos seguintes, o São José chegou com perigo em faltas, sempre em cobranças de Marcão, que deram trabalho ao goleiro Rodrigo. Em uma delas, aos 43”, a bola acertou o travessão.
Mas mesmo sendo infinitamente superior na partida, o time da casa não conseguiu marcar e o placar na etapa inicial terminou no 0x0.
No segundo tempo, o treinador Velosso promoveu duas mudanças logo nos minutos iniciais, que foram as entradas de Massai e Hamilton, nos lugares de Marllos e João Paulo, respectivamente, dando maior movimentação ao ataque. Logo no primeiro lance, Massai invadiu a área e o goleiro espalmou o chute. No lance seguinte, Frank cruzou e Cigarra bateu para fora.
Até este momento, o São José já tinha ao seu favor oito escanteios contra apenas um do Beltrão. Aos 23”, Hamilton dominou a bola na entrada da área e tocou para Massai acertar o travessão.
O goleiro Rodolfo só foi incomodado aos 30”, quando Edson (camisa 17) tocou na área para o outro Edson (camisa 11), que dentro da pequena área furou no toque final.
Enquanto isso, Massai e Hamilton continuavam tocando o “terror” na defesa do Beltrão. E aos 33” saiu o gol da vitória são-joseense. Hamilton recebeu na entrada da área e rolou para Massai que na dividida com o goleiro tocou para cobertura, antes da bola entrar Hamilton atrapalhou o zagueiro adversário que tentou tirar a bola, que foi parar dentro do gol. Muita comemoração depois de tanta pressão.
Quase que no lance seguinte, o Beltrão estragou a alegra são-joseense, se não fosse o goleiro Rodolfo, que salvou à queima roupa um chute do atacante Edson.
Aos 43”, novamente Rodolfo salvou o time da casa, ao fazer uma grande defesa na cabeçada de Dione.
Final de jogo: São José 1x0 Francisco Beltrão.
Com o resultado, o São José encostou nos líderes, Campo Mourão e Foz do Iguaçu, estando entre os quatro primeiros colocados, com oito pontos, somando duas vitórias e dois empates e somente uma derrota, com três gols anotados e dois sofridos.
Vale lembrar que de acordo com o regulamento, após as onze partidas, os seis melhores times se garantem no hexagonal final, sendo que os dois melhores colocados nesta fase inicial, levam um ponto extra cada.
Nesta semana, o São José se prepara para a maratona interiorana, pois na quarta feira, às 20h30, encara o Cascavel, no oeste do estado, para no domingo fechar o “tour” diante do Londrina, no estádio do Café.

O São José atuou com Rodolfo; Washington, Diego, Marcão e Zé Tiago, Marllos (Massai) e Normando, William Lima e Narciso, Cigarra (Josimar) e João Paulo (Hamilton). Técnico: Sérgio Veloso.
O Francisco Beltrão postou com Rodrigo; Eco, André, Douglas e Cleiton, Wilson e Leonardo, Dione e Edson, Leonardo (Eliandro) e Edson Baby (Edson Almeida). Técnico: Lucca Buzzi.
Arbitragem: Luis Alberto Alves de Abreu, auxiliado por Jefferson Piva da Silva e Cícero Aparecido da Silva (boa arbitragem) e 4º árbitro: William Stolle.
Renda: R$ 225,00
Público total: 38 torcedores
Cartões amarelos: Zé Tiago, Normando e Narciso (SJ) e Rodrigo, Wilson, Dione e Edson (FB)
Expulsões: André, Douglas e Adriano.


Bastidores
Proteção divina?
O delegado da partida, Dirceu Fagundes, estava preenchendo a súmula e se deparou com a quantidade de atletas do São José com sobrenomes Jesus e Santos, respectivamente quatro e seis registros. E emendou: “Não tem como este time perder, pois é muita proteção divina”.
Calor
Não é que mesmo com a temperatura em torno dos 12º, tinha torcedor de camisa regata?. Ganhou a apelido dos colegas de “Pingüim tricolor”, em alusão as cores do time.
Faixa preta
No final da partida, alguns jogadores e integrantes do Francisco Beltrão ofenderam verbalmente o árbitro Luis Alves de Abreu e até ameaçaram ir para cima dele. Só que o “homem do apito” é faixa preta em judô. Quem iria apanhar?
Cadê a pipoca?
O preparador de goleiros do São José, Márcio, disse no intervalo do jogo que o pipoqueiro do estádio fez jus ao nome, pois “pipocou” mesmo, não aparecendo para encarar o frio e vender pipocas.
Estamos quites!
Quem não se lembra da fatídica estreia do São José no ano passado na Série B? Pois é, na ocasião o time só pode jogar com dez atletas, por problemas de registro na FPF, e acabou perdendo para o F. Beltrão, no sudoeste do estado, por 1x0. Agora, de igual para igual, o São José devolveu o placar.
Local certo?
No intervalo, duas jovens (e belas) moças estavam conversando com alguns atletas. Para os que ficaram “empolgados” com a presença feminina no meio de tanto marmanjo se decepcionou ao saber que elas acompanham o F. Beltrão, e que na verdade, estavam aproveitando o jogo para divulgar uma igreja em Curitiba.
Sotaque engraçado
O treinador Lucca Buzzi, do F. Beltrão é italiano e em algumas vezes que orientava o seu time, o sotaque italiano nas palavras brasileiras arrancou gargalhadas dos presentes, por causa do som engraçado das pronuncias.

Texto e fotos de Osmar Rebolo Junior


Massai toca por cima para fazer o gol da vitória

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