9 de nov. de 2009

Série B: Covardes agridem trio de arbitragem

Por: Osmar Rebolo Junior
O estádio Santana, do Caxias da Vila Hauer presenciou uma das cenas mais vergonhosas e revoltantes dos últimos anos da Suburbana de Curitiba. Após o término do jogo, Caxias 3x3 União Ahú, diretores e jogadores do Ahú avançaram para cima do trio de arbitragem Anderson Scatola e os assistentes Jefferson Cleiton Piva da Silva e Júlio César de Lima Santos, os agredindo covardemente.
Os covardes dirigentes e jogadores (inclusive da categoria de juniores, que estavam fora do estádio e voltaram para agredir os árbitros), derrubaram no chão os árbitros e começaram a agredir o trio com chutes na barriga, peito e inclusive na cabeça.
Como não tinha policiamento no campo (o que é comum na maioria dos demais campos amadores), dirigentes do Caxias saíram em defesa do trio de arbitragem e conseguiu parar com a briga.
O SIATE foi chamado às pressas, porque, o auxiliar Júlio César dos Santos, o mais agredido pelos marginais, teve diversas lesões pelo corpo e teve que ser levado para o Hospital do Cajuru.
De acordo com o site www.futebolamadorpr.com.br, no sábado à noite, mais de trinta árbitros compareceram ao Hospital Cajuru para apoiar o Júlio César, o encontra-se hospitalizado em estado grave, tendo inclusive sofrido parada cardíaca e poderá ficar com seqüelas, e ainda sujeito a ser submetido à cirurgia de crânio. Até a tarde desta segunda feira, o Hospital ainda não emitiu nenhum boletim atualizado sobre o quadro da saúde do auxiliar.
O caso foi amplamente divulgado pelos meios de comunicação do Paraná, e segundo matéria desta segunda feira na Gazeta do Povo, o auxiliar Jefferson Piva disse que quem começou com a confusão, foi o Roberto Zepechouka, o Beto, presidente do União Ahú, que também tentou se defender na mesma entrevista:

Confira as principais declarações dos envolvidos ao Jornal Gazeta do Povo:
“Ele veio para nos atingir por trás. O Jéfferson viu, se atravessou na frente dele e levou um soco na testa de raspão. Os juniores, que já estavam no ônibus, viram, voltaram para o campo e começaram a nos ‘moer de cacete’”. (Árbitro Anderson Scatola).
“A arbitragem foi desastrosa e eu fui conversar, perguntar ao Anderson o que ele fez. Aí o auxiliar me deu uma bandeirada na barriga e um mur¬¬ro. Meus atletas viram e foram em cima”. (Beto).
“Deram uma rasteira no Júlio e aí chutaram a cabeça dele. Foi o Beto”. (Piva)
“Nem cheguei perto do Júlio Cézar e tenho como provar. Também não vi ninguém chutar a cabeça dele”. (Beto).
“Enquanto a ambulância do Siate não chegava (o atendimento demorou 50 minutos), Lima Santos chegou a ter um princípio de convulsão e a parar de respirar. O Cesinha, goleiro do Caxias, segurou a cabeça dele para não bater no chão e eu fiz massagem cardíaca. Ele começou a tossir, aí vi que estava bem”. (Scatola).


Trio vai acionar a justiça

Scatola e Piva procuraram a Delegacia do Portão para registrar o Boletim de Ocorrência e também o IML para fazer exames de corpo delito. Segundo o jornal, o trio vai acionar criminalmente os envolvidos, logo que sejam indentificados.
O Jornal Balançando a Rede apoia o trio de arbitragem nessa decisão, para que bandidos infiltrados em clubes esportivos sejam punidos rigorosamente e banidos dos campos da nossa suburbana.

Revolta da APAF
A Associação profissional dos Árbitros de futebol do Paraná (APAF), emitiu uma nota de repudio, por intermédio da assessora de imprensa, Andréa Sydorak.
“A Associação Profissional dos Árbitros de Futebol do Paraná (APAF) repudia veementemente os atos de violência praticados por integrantes da diretoria e jogadores da equipe do União Áhú, no último sábado, dia 07, contra o trio de arbitragem escalado para a partida contra o Caxias, válida pela 5ª. rodada da 2ª. fase do Campeonato Amador de Curitiba. O jogo foi disputado no Estádio do Caxias, o João Santana da Silva, no Boqueirão.
A realização de competições das mais variadas modalidades tem como objetivo a integração, o exercício da cidadania e a alimentação do espírito desportivo. Nada justifica atos truculentos como os ocorridos nesta praça de esportes.
Os atos de violência foram praticados contra o árbitro Anderson Scatola e os assistentes Jefferson Cleiton Piva da Silva e Júlio César de Lima Santos. Todos foram covardemente agredidos. Ressalta-se que o assistente Júlio César de Lima Santos foi agredido com chutes na cabeça, que o deixaram desacordado por mais de uma hora. O atendimento demorou cerca de 50 minutos para chegar ao estádio. Neste tempo, ele chegou a ter convulsões. Santos foi encaminhado pelo Siate ao hospital Cajuru, onde passou por exames e foi diagnosticado um pequeno coágulo. O assistente ficou em observação até a manhã de domingo e, felizmente, recebeu alta e se recupera em casa.
Os outros dois integrantes do trio, só não tiveram pior sorte, porque foram “salvos” pelos jogadores e integrantes da diretoria do Caxias. O estado do assistente demonstra a extrema violência e selvageria empregada pelos integrantes da equipe visitante, o que exige de nós a tomada de medidas para evitar que episódios como esses se repetiam e possam levar a conseqüências piores. Por esse motivo, a diretoria da APAF vai se reunir nesta segunda-feira, dia 09, e anunciar medidas contra esse tipo de ocorrência”,
diz a nota.

Resultados da Série B

Operário 4x2 Osternack
Caxias 3x3 União Ahú
Bairro Alto 1x0 Tanguá
São Paulo 2x1 Novo Mundo
Boqueirão 3x0 Arbesc
Rio Negro 1x2 Barigui

Os repórteres Ganso e Luxemburgo fizeram alguns registros fotográficos para o site www.futebolamadorpr.com.br. Acompanhem as revoltantes cenas de violência:

Nenhum comentário: