19 de out. de 2009

Em jogo que não terminou, Urano empata com Orleans

Arbitragem confusa do juiz Jarbe Cassou estragou o espetáculo e partida não chegou ao final, azulão empata e segue na liderança do Grupo A
Por: Renato Becker
Árbitro quando quer aparecer mais do que os jogadores costuma estragar uma partida de futebol. Foi o que conseguiu fazer o juiz Jarbe Cassou, que apitou o jogo entre Orleans x Urano, no sábado (17), válido pela 2º Fase do Campeonato Amador de Curitiba – Série A. Após o gol de empate dos visitantes, o “homem do apito” decidiu encerrar a partida antes dos 90 minutos, alegando falta de segurança. O jogo transcorria normalmente, com as duas equipes brigando pela bola, de forma limpa e sem agressões. A torcida dos donos da casa empurrava sua equipe em busca da vitória e, como em todas as partidas de futebol realizadas no mundo, “pegava no pé” do trio de arbitragem. Nada que justificasse a decisão do árbitro, o que acabou gerando uma grande confusão envolvendo dirigentes, comissão técnica e jogadores de ambos os times, que apenas queriam jogar futebol. Sobrou para a Federação Paranaense de Futebol, que terá de resolver o problema criado pela autoridade máxima do espetáculo.

O jogo
O campo molhado indicava que a partida seria truncada e com pouca emoção. Porém, o que os torcedores presenciaram foi um jogo de muita disputa pela posse de bola e com várias chances de gol. O Urano tomou a iniciativa e partiu para cima dos anfitriões, obrigando o goleiro Marcos a trabalhar desde o ínicio. O agitado treinador do Orleans, Valmir Constantino, empurrava seu time em direção ao gol defendido por Paulão, gesticulando e gritando muito no banco de reservas. Deu certo: aos 26 minutos, o centroavante Aragão subiu mais que a zaga do Urano e marcou 1 x 0 para o Orleans.
O técnico Ari Marques modificou a equipe, colocando o lateral esquerdo Flavinho no lugar do volante Eliezer e empurrando Joãozinho para o meio de campo. Mais leve, o Urano ainda criou boas jogadas, mas o primeiro tempo terminou com vitória alviverde. No intervalo, o juiz dava indícios de que não estava seguro para continuar na partida. Alegando falta de segurança e ofensas verbais por parte dos torcedores do Nova Orleans, ameaçou não voltar para o segundo tempo.
Depois de muita negociação e garantias por parte dos dirigentes, o juiz resolveu iniciar a segunda etapa, que durou apenas 15 minutos. Após o gol de empate do Urano, marcado por Pequi em posição de impedimento, os jogadores do Orleans partiram para cima do auxiliar Bruno Boschilia. Foi a deixa para o árbitro encerrar a partida. O tumulto foi grande, mas nenhuma agressão física foi constatada. Jogadores e comissão técnica dos dois times ainda tentaram convencer o juiz a reiniciar o jogo, mas não teve jeito. O trio de arbitragem seguiu para o vestiário e foi embora do estádio com proteção policial. Ruim para jogadores, torcedores, dirigentes e para a imprensa que trabalhava no local. Pior ainda para o espetáculo, que ficou sem um final em campo, mas que com certeza ainda será muito discutido na Federação Paranaense de Futebol.

NOVA ORLEANS 1X1 URANO
Estádio: José Drullo Sobrinho
Gols: Aragão (Orleans) e Pequi (Urano)
Árbitro: Jarbe Cassou
Assistentes: Bruno Boschilia e André Eduardo Fey
NOVA ORLEANS: Marcos, Alex, Tocha, Oliveira e Felipe; Tupã, Neto, Lucas e Matusalém; Aragão e Bidinho. Técnico: Valmir Constantino.
URANO: Paulão, Salário, Paulo Sérgio, Luciano e Joãozinho; Eliezer (Flavinho), Bezerra, Gleisson e Robson; John e Pequi. Técnico: Ari Marques.


Fotos: Renato Becker
Aragão, atacante do Nova Orleans, comemora gol de cabeça marcado primeiro tempo da partida contra o Urano
Nova Orleans entrou com disposição, saiu na frente, tomou o gol de empate, e não pode correr trás da vitória por conta da desastrosa atuação do trio de arbitragem
Urano empatou fora de casa e continua líder do Grupo A

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